Dormir com gato faz mal? Essa é uma pergunta comum entre tutores de felinos. Muitas pessoas acreditam que compartilhar a cama com o pet pode causar doenças ou prejudicar o sono. Outros, no entanto, defendem que dormir com gatos é benéfico para a saúde e aumenta o vínculo afetivo. Mas afinal, o que é mito e o que é verdade? Neste artigo completo, vamos esclarecer tudo sobre esse hábito tão comum entre amantes de gatos.
Dormir com gato faz mal? O que a ciência diz
De forma geral, dormir com gato não faz mal para pessoas saudáveis. O que pode acontecer é a transmissão de algumas doenças zoonóticas, mas os riscos são baixos quando o animal recebe os cuidados adequados, como vacinação, vermifugação e consultas regulares ao veterinário.
Estudos mostram que os gatos transmitem conforto emocional e reduzem a ansiedade, o que pode melhorar a qualidade do sono de seus donos.
Porém, para pessoas com imunidade baixa ou com alergias respiratórias, pode haver riscos associados.
Mitos mais comuns sobre dormir com gatos
Mito 1: Gatos roubam o fôlego de bebês
Esse é um dos mitos mais antigos envolvendo gatos. Na realidade, não há qualquer comprovação científica de que gatos roubem o fôlego de crianças ou adultos. O que pode acontecer é o gato buscar o calor do corpo humano e, por acidente, deitar sobre o rosto da pessoa, causando desconforto. Mas não existe risco sobrenatural ou “roubo de ar”.
Mito 2: Dormir com gato transmite muitas doenças
É verdade que gatos podem transmitir doenças como toxoplasmose, micose e pulgas. Mas isso só ocorre quando não recebem cuidados veterinários adequados. Um gato saudável, bem alimentado e vacinado representa risco mínimo.
Mito 3: Gatos atrapalham o sono
Alguns tutores reclamam que os gatos acordam durante a noite para brincar ou pedir comida. Isso pode acontecer, já que eles são animais de hábitos noturnos. Porém, com rotina bem definida e enriquecimento ambiental, muitos gatos aprendem a se adaptar ao ritmo da casa e até ajudam os donos a relaxar antes de dormir.
Verdades sobre dormir com gato
Verdade 1: Dormir com gato fortalece o vínculo
O contato físico e a proximidade durante o sono reforçam a relação de confiança entre tutor e felino. Muitos gatos escolhem a cama do dono justamente porque se sentem seguros.
Verdade 2: Gatos podem transmitir alergias
Pessoas com rinite alérgica ou asma podem ter crises ao dormir com gatos, pois a saliva e a descamação da pele (conhecida como caspa felina) são alergênicas. Nesses casos, é importante conversar com um médico para avaliar os riscos.
Verdade 3: O calor do gato ajuda a relaxar
O ronronar do gato emite vibrações calmantes que reduzem a ansiedade e ajudam a relaxar. Para muitos tutores, o simples fato de ouvir esse som já contribui para uma noite de sono mais tranquila.
Cuidados para dormir com gato sem riscos
Se você decidiu permitir que seu gato durma na sua cama, é importante adotar alguns cuidados para manter a saúde e a higiene:
- Mantenha a vacinação e a vermifugação em dia.
- Escove o pelo regularmente para reduzir a queda.
- Evite que o gato tenha acesso à cama se estiver doente.
- Lave roupas de cama com frequência.
- Ofereça brinquedos e arranhadores para evitar que ele acorde de madrugada pedindo atenção.
Essas medidas simples reduzem bastante os riscos e garantem convivência saudável.
Dormir com gato faz mal para bebês?
Aqui é preciso atenção redobrada. Não é recomendado que bebês durmam com gatos na mesma cama, pois pode haver risco de acidentes, como o animal deitar sobre o rosto da criança. O ideal é que o gato tenha contato supervisionado, mas não compartilhe o espaço de sono dos pequenos.
Dormir com gato: benefícios emocionais
Apesar dos mitos, dividir a cama com gatos pode trazer benefícios emocionais importantes:
- Redução do estresse.
- Melhora da sensação de segurança.
- Aumento do vínculo afetivo.
- Companhia durante a noite para quem mora sozinho.
Esses fatores fazem com que cada vez mais pessoas escolham dormir com seus felinos.
Conclusão: afinal, dormir com gato faz mal?
Dormir com gato faz mal apenas em situações específicas, como no caso de pessoas alérgicas, imunossuprimidas ou quando o animal não recebe cuidados veterinários adequados. Para a maioria dos tutores, a prática é segura e até benéfica, trazendo conforto e proximidade com o pet.
Portanto, se o seu gato é saudável e você gosta da companhia dele à noite, não há motivos para acreditar nos mitos. Basta adotar os cuidados básicos e aproveitar os momentos de carinho.
Lúcia Borges é pesquisadora e redatora especializada no comportamento, manejo e bem-estar de animais domésticos e silvestres, com foco em pets exóticos como aves, répteis e pequenos mamíferos. Fundadora do blog Vida de Petz, ela se dedica à produção de conteúdo educativo e baseado em fontes confiáveis, com linguagem acessível e rigor técnico.
